
Imagine-se ouvindo uma orquestra sinfônica em pleno centro financeiro e comercial ou talvez em uma praça bem movimentada, onde os carros passam buzinando na rua e os vendedores ambulantes, a fim de vender o seu produto, grita ao público, anunciando a mais nova promoção.
Imagine-se ouvindo essa mesma orquestra sinfônica num momento em que um acontecimento no trânsito aciona uma sirene que ajuda a ambulância passar através do congestionamento para socorrer os feridos.
Imagine-se ouvindo a orquestra em pleno estádio, onde o seu time está no melhor momento do jogo. Onde a bola está preste a entrar no gol.
Tente imaginar-se ouvindo a orquestra executar a sinfonia, enquanto você amarga o desespero de uma perda, seja moral, emocional ou financeira.
Você acha mesmo possível isso? Acha mesmo que a melodia poderia ser ouvida e que o portal que dá acesso a sua alma poderia ser aberto em uma situação de agitação e desespero?
Acha que enquanto a peleja exterior estiver acontecendo você pode derramar uma lágrima reflexiva. Enxergar a solução que busca ver, se o silêncio não se fizer dentro de você?
O Herdeiro Real retirava-se ao jardim. Ele precisava ouvir a sinfonia que o Pai tocava para Ele... Nem mesmo na ultima hora ele deixou de buscar ouvir a melodia, ainda que a canção estivesse emudecida no momento derradeiro. Ainda que a explosão de angústia estivesse para acontecer...
Ouvir uma sinfonia é algo tão sublime... Chega a ser sobre-natural os momentos de mergulho em água fresca das linhas melódicas de um concerto. Uma dádiva. Um jardim de encontro com o jardineiro. Um retorno ao antes do início... Um retorno ao colo do pai.
Retire-se ao jardim... Retire-se para dentro de si e ouça a sinfonia que o Maestro rege!
Mateus 26 : 36