sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

ELE NUNCA NOS PERDE DE VISTA


Jailson Freire

Imagine uma multidão.

Muita gente. Muita gente mesmo... Como se fosse um imenso formigueiro. Como dizem: “gente saindo pelo ladrão”... “Gente que não acaba mais”... “Gente à beça”... São muitas as frases prontas que usamos para descrever uma quantidade enorme de gente reunida num mesmo lugar; num mesmo momento.

Tente achar alguém conhecido num lugar desses; tente achar um amigo, se isso for possível...

A menos que tenha marcado um lugar em meio a uma multidão para um encontro, não será possível encontrar ninguém em nenhum canto.

É uma impossibilidade... A menos que o acaso contribua com a coincidência, não será possível um encontro nessas circunstâncias.

Como sermos encontrados quando parecemos perdidos e solitários? Imagine uma multidão de desordem e caos em nossa existência...

É em meio a uma multidão de equívocos cometidos que somos levados a nos encontrar como perdidos.

Entretanto, podemos estar certos de que o Deus do nosso existir nos encontra aonde quer que possamos ir. Ele sabe o lugar em que nos encontramos e o porquê estarmos alí.

Mesmo que uma cama a gente faça no mais profundo abismo, Ele não nos perderia de vista. Mesmo se subirmos no alto de uma montanha, seus olhos sempre nos acompanhariam.

O Deus que tudo criou sabe muito bem o que é amor. O Deus que tudo criou é quem melhor entende a sua dor. O Deus que tudo criou é quem permite que você exista. O Deus que tudo criou, nunca vai perder você de vista.

"Se subir ao céu, lá tu estás; se fizer no inferno a minha cama, eis que tu ali estás também." (Salmos 139 : 8)

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

CHAMAR DEUS DE LOUCO!


Jailson Freire

Já fomos chamados de obstinados. Já fomos chamados inconseqüentes. Já fomos chamados de depravados... Corruptos, malditos, desprezíveis, indesejáveis, mau feitores, ladrões, trapaceiros... E a lista é interminável.

Já mentimos. Já falamos do irmão, da tia, do vizinho, do chefe e do patrão. Já desejamos que alguém se ferrasse só porque não quis fazer a nossa vontade; “quanta imbecilidade!”.
Criticamos com a nossa medida de “justiça” a quem até podia ser da nossa família.

Já fomos julgados e não recebemos a pena merecida. Já tornamos gente que amávamos como alguém à muito falecido. Já deixamos de ajudar o moleque que vimos na esquina. Ignoramos o nosso igual que sofria, e sabíamos.

Já contamos dois mais dois é igual a oito. Já negamos ao nosso “amiguinho” comer do nosso biscoito.

Depois de tudo que fizemos, ainda assim, Ele morreu por você e por mim.
Depois de tudo que fizemos, Ele ainda nos livrou do veneno. Mesmo depois de provar que somos incompetentes para receber tão grande presente, Ele fez o que ninguém jamais esperou que um amigo fizesse; desceu da “Cidade Santa” sem que para isso eu fizesse nenhuma prece. Como se fosse um pedestre nos ensinou que o caminho da paz era pro leste.

Apagou nosso passado medonho de lama, e acendeu outra vez aquela chama. Trouxe-nos de volta para seus braços. Cortou dos nossos pés o maldito laço, e ainda por cima, tirou de nós aquele cansaço.

Tirou seu anel e colocou em nosso dedo. Encheu nossa alma dos seus segredos. Vestiu nossos pés com suas sandálias e ainda nos deu uma linda medalha.

Depois de trazer à vida um infeliz como eu e você que devia estar morto, não podemos jamais chamar esse Deus de louco!


"Porque a loucura de Deus é mais sábia do que os homens; e a fraqueza de Deus é mais forte do que os homens." (I Coríntios 1 : 25)