terça-feira, 6 de fevereiro de 2018

AMOR ABSURDO!


 Lembrai-vos das coisas passadas des a antiguidade; que eu sou Deus, e não há outro Deus, não há outro semelhante a mim.” Isaias 46:9

 
Ele podia simplesmente nos ignorar. Virar as costas e procurar outra galáxia e tentar de novo, mas ao invés disso, resolve fazer o absurdo de nos amar.

Quem poderia chegar a um absurdo como o de morrer por alguém tão pouco significante para o cosmos? Quem de nós faria isso? Quem de nós teria tamanha ousadia? 

Seria menos absurdo se Ele não chegasse ao ponto de se esforçar com belíssimos argumentos em nos convencer da inutilidade da adoração a outros deuses. Quem foi seu conselheiro? Quem o aconselhou? Quem deu a ele essa absurda ideia? Quem haveria de dizer a Ele, Senhor do Universo visível e invisível que vermes como nós mereceríamos ser objetos do seu caso de amor?

Uma criação que despreza o seu criador por séculos. Que não dá a mínima para a tristeza causada por nós em seu coração de pai. Uma criação ingrata e insensata. Uma criação sem senso de ridículo e cheia de opiniões controversas. Uma criação que se acha mais inteligente do que aquele que os criou. Uma criação convencida de sua deidade insana. Uma criação que abriga em seu seio um ninho de estupidez sem qualquer sentido, se é que há sentido em ser estúpido.

Fez de tudo. Deixou escrita uma carta de amor e paixão. Explicou pacientemente o plano. Falou da terra dos sonhos. Descreveu a Cidade eterna com detalhes. Falou do que era bom e que ainda assim duraria eternamente. Prometeu um tipo de paz estranhamente inteligível e inexplicável. Falou do quão seria preciosa a tua companhia. Prometeu o melhor dos descanso jamais experimentado por qualquer de nós que ainda respira; prometeu o descanso para a alma cansada.  Falou que ficaria alegre por sermos fortes mesmo diante de nossa angústia e dor. Disse que mesmo que a gente fosse atribulado, angustiado, perseguido, ou que tivéssemos muita fome, que fôssemos desmoralizados, ou que passássemos por vales de morte transpassados por balas e flechas que voam à luz do dia as cegas, que mesmo assim o seu amor por nós não arredaria pé. Que iria até as últimas consequências para nos levar à sua morada eterna. Mesmo assim ignoramos tudo para vivermos sozinhos e distantes desse amor absurdo. 

Ele não precisava deixar a superior dignidade de único Deus santo, poderoso, soberano e eterno para nos amar assim.

A porta ainda está aberta. O convite para a festa continua de pé. O tempo é escasso, mas ainda resta alguns minutos para o embarque na estação "Amor Absurdo de Deus".