segunda-feira, 27 de outubro de 2008

COMO SE HUMILHA UM GIGANTE


Jailson Freire

Um duelo esquisito está para acontecer e o final está praticamente definido pelos que assistirão o embate.

A lógica nos antecipa o placar. Com ela, é possível saber de antemão quem irá vencer essa batalha desproporcional.

Sem chance para o menino... É só questão de segundos e ele terá sido massacrado pelo gigante. O Gigante? Esse não faz outra coisa a não ser debochar de um garoto que pensa poder destruí-lo.

Vamos lá... Vamos imaginar a cena: Uma funda e algumas pedrinhas na mão de um garoto; um adolescente. Um gigante exibindo uma reluzente espada e um montão de covardes fazendo suas apostas. Muitos balançando a cabeça e dizendo: “Quem esse moleque pensa que é?”. Outros: “Isso só pode ser uma piada.

Mas ao contrário de ser uma piada, a coisa é muito séria. Quem vencer leva um reino intero pra casa e pelo andar da carruagem todos já fizeram as suas apostas em quem será o próximo rei.

O garoto parece não ter noção de quem vai enfrentar... Para ele, apenas um bobalhão rosnado palavras sem sentido, uma vez que estava certo de sua impressionante vitória. Impressionante pelo menos para os que estavam assistindo as preliminares de um duelo desengonçado.

É claro! O menino não estava sozinho; ele sabia disso.

Toma a sua "arma"... - (Que arma para derrotar um gigante!) E começa a girar com disposição e fé. Não demora muito e um enorme silêncio se faz...

Quem podia acreditar naquela cena pitoresca? Um gigante transformado em dois: um corpo e uma cabeça.

Tudo isso aconteceu e a confiança do garoto estava bem alicerçada. Ele sabia em nome de quem fizera tamanha proeza. Ele confiou como um menino confia em seu pai. Ele enfrentou a coisa de frente. Ele fez a sua parte; a parte que lhe coube. Ele foi além... Ele rompeu. Ele enxergou o tamanho do seu Deus por trás do gigante. Ele mostrou para todos de que forma gigantes se tornam pequenos. Ele mostrou para nós como se humilha um gigante.

Qual é o seu gigante?

I Samuel 17

terça-feira, 21 de outubro de 2008

A MÃO GELADA E MORTA DO PASSADO


Jailson Freire


Você deve esquecer completamente do que passou. Você deve mesmo esquecer coisas passadas e que atormentam a sua vida; que tira a sua alegria... Precisa sepultar definitivamente aquela história maldita que vivenciou.

Lembranças medonhas atormentam a vida de muita gente que insiste em rejeitar o dom que nos foi concedido pelo Pai das luzes e que mesmo assim relutam em receber o que nos foi dado gratuitamente em certo momento da história.

Não é mais necessário alimentar essas coisas que covardemente nos levam a um estado de angústia por conta de algo que foi feito em algum momento da nossa existência.

Por certo, houve um sacrifício e por conta deste sacrifício não é mais necessário carregar o passado que tanto possa te angustiar. Não convém ressuscitar o que deverá continuar morto.

O que morreu não pode mais voltar. O que morreu deve ser sepultado e esquecido. O que morreu deve ficar no lugar de esquecimento.

Você precisa lembrar do sacrifício. Tem que lembrar do sangue... Tem que lembrar do grande e etreno amor... Precisa lembrar da cruz. Isso é suficiente para viver e seguir em direção ao alvo.

Lembrar do passado é como ter uma mão morta e gelada em suas costas; só serve pra dá arrepios.

Uhhhhhhhh!



Filipenses 3 : 13

segunda-feira, 13 de outubro de 2008

O JUIZ QUE LALAVA OS PÉS


Jailson Freire

A posição que ele ocupava era a de maior honraria na cidadezinha. Era um juiz. O homem que mandava e desmandava, que prendia e soltava. Implacável na busca e execução da justiça. Não deixava que alguém que cometesse algum crime ou delito ficasse impune. Aplicava a lei sem titubear. Entretanto, era excessivamente orgulhoso e prepotente, mesmo se declarando por muitas vezes um juiz cristão.

Num dia como outro qualquer, vestiu-se e como todos os dias fazia, pegou o seu carro e partiu rumo ao tribunal de justiça. Era dia de julgamento.

Um homem, um criminoso estava preste a receber a merecida justiça. Seria condenado a muitos anos de prisão e isso era dado como certo até mesmo pela defesa do homem.

Ao chegar no tribunal de justiça, o juiz começou a sentir-se mal, mesmo assim resolve que o julgamento do tal homem prosseguiria normalmente.

Como todos os dias, religiosamente, antes de entrar na sala do tribunal do jure, o juiz ajoelhava e fazia a sua oração.

O julgamento seguiu normalmente e o homem foi condenado a uma pena exemplar por ter matado uma pessoa importante naquela cidade.

O juiz, ao sair da sala, sentiu-se muito mal e alguém pegou uma cadeira a fim de que ele pudesse sentar, mas ao invés de sentar ele ajoelhou e fez uma oração silenciosa. Quando se levantou, parecia ter chorado... Pediu a alguém que trouxesse um balde com água e uma toalha...

A cena que se viu logo depois foi no mínimo inusitada...

O juiz pegou o balde contendo água que trouxeram, e numa atitude escandalosa de demonstração de humildade, chamou o preso condenado... Os soldados trouxeram-no e o condenado com muita dificuldade por estar acorrentado, caminhou em direção ao juiz. O juiz se agacha e começa a lavar os pés do preso. Todos ficam escandalizados com a atitude do magistrado. Havia muito jornalista presente que fotografaram a cena. Um escândalo havia acontecido na cidade e precisava ser registrado...

Daquele momento em diante, dois homens foram libertos: O juiz, pois apesar de ser um cristão precisava ser liberto e quebrantado de seu orgulho prepotente e religiosidade rasa.

O condenado também foi liberto, pois só depois de ter seus pés lavados é que se lembrou de que há um Deus, e comovido, chorou arrependido pelo crime que havia cometido.

João 13, 5 a 9

domingo, 5 de outubro de 2008

QUEM DESISTIU DE VOCÊ?


Jailson Freire


( Baseado em fatos reais - história de um jovem que se encontra internado em um manicômio por causa das drogas - Eis um motivo para nossas orações)


Uma estória que teve um começo conturbado e que até hoje não se sabe bem o “porquê” tudo aconteceu na vida desse jovem. Podia até ser diferente, mas foi assim que o destino quis fazer começar esta estória.

Um parto complicado, muita dor e uma mãe que deseja ver o filho, mas que não pode ter este privilégio. A vida não lhe deu esse presente.

Quem poderia imaginar que acabaria assim? Quem poderia imaginar que a inexistência de alguém que foi tão amada antes mesmo que a criança pudesse conhece-la seria algo marcante e doloroso para uma vidinha tão pequena.

Ainda restava o pai, mas este não se apresentou. Este apenas culpou um inocente por algo do qual não teve qualquer culpa. O resultado seria visto ao longo do tempo da existência do menino.

Ser órfão de alguém que foi chamada à eternidade talvez pudesse até ser suportado, mas órfão de alguém que estava tão pertinho... Ah isso seria demais!

"Estava sempre ao meu lado e tão distante... Sempre fazendo questão de não me encontrar no corredor da casa. Sempre chegando mais tarde só para não ter que me olhar nos olhos. Eu já havia sido julgado e condenado e o veredicto? CULPADO!"

Culpado por ter vindo ao mundo... Isso custou uma troca da qual o pai não havia combinado com o destino. Culpado por ter provocado o ultimo suspiro da mãezinha amada. Era isso o que seu pai pensava...

"Não tive culpa... Sinto tanto quanto ele a falta dela..."

Sua ausência o fez agir como se a vida fosse completamente sem valor. Sua ausência o tornou rebelde com tudo e todos. Sua ausência levou ele a andar na contramão do que o Pai dos Céus havia traçado para ele.

"Sei que vou encontrar o caminho de volta... Sei que haverá um retorno em algum lugar dessa estrada... Sei que a mão do outro Pai está estendida e um dia, eu sei que tudo isso vai ser passado...

Um dia quando me perguntarem: “Quem desistiu de você?” Vou responder que quase todos, menos Deus."
SALMOS 27:10