terça-feira, 24 de junho de 2008

AH... SE O GALO NÃO CANTASSE


Jailson Freire

Seria impossível uma sobrevivência espiritual se em sua audição não tivesse incluído o alarme celestial e extremamente necessário.

A capacidade que temos de esquecer de algo tão sublime e real chega a ser vergonhoso. Não lembramos nem  do gosto do vinho e sabor do pão que comemos na semana passada, num domingo de sol para a nossa existência.

Os nossos desacertos são constantes e nossa capacidade de errar o alvo é infinitamente maior a que temos para acertar o centro do círculo. Não há treinamento que baste para que ao menos cheguemos perto do ponto central.

Tentamos fazer tudo certo e nem mesmo o certo se torna certo quando colocamos uma pitada de nossa capacidade e ego. Nem mesmo as melhores intenções nos tornam aptos a nos orgulharmos de nós.

Tentamos minimizar essa incompetência da nossa alma com atitudes politicamente corretas e com isso nos achamos incluídos na síndrome do menino bom, mas nem mesmo isso pode endossar a credencial para a entrada na terra do “Eu Nunca Vou Morrer”.

Ah se não fosse o canto! Ah... Se não pudesse ouvir por pelo menos duas vezes a estridente melodia! Ah, se o alarme não soasse! Ah... Se o Espírito não falasse!
Ah! Se o galo não cantasse!

Marcos 14: 68

terça-feira, 3 de junho de 2008

QUANDO A TEMPESTADE CHEGAR


por Jailson Freire


Esperta, perspicaz e inteligente o bastante para planar por horas a fim de garantir a sua sobrevivência. Símbolo de poder e superioridade para povos e tribos.
Sabe se safar com bastante envergadura dos infortúnios subindo tão alto quanto necessário para o caso de necessitarem de abrigo nos momentos de crises.
Implacável para com os inimigos e presas, não deixando chance para defesa de seus oponentes. Rápida, sagaz. Não se deixa abater nem mesmo quando debilitada.

Quando necessário, recolhe-se para passar pelo processo de transformação e renovação para que sua existência seja estendida por muitos anos.

Enxerga como ninguém, podendo planejar bem tanto a sua defesa como o ataque aos seus inimigos naturais. Voa tão alto que só conhece tempestades de cima, descansando em lugares seguros e altos.

É assim a águia. É assim os que confiam no Criador. É assim os que confiam que quando a tempestade chegar poderão voar bem alto e assistir a devastação de cima.



(Isaías 40 : 31)