quarta-feira, 6 de maio de 2015

ELOGIAR OU DENEGRIR?

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Os defeitos que alguém do nosso relacionamento possa ter não nos dá o direito a reivindicar a própria perfeição.
Jailson Freire


Parece ser muito mais fácil destacar o que alguém tem de errado ou imperfeito na construção do seu ego do que fazer sobressair as qualidades de alguém. 

Que ninguém é perfeito todos nós sabemos, mas parece que uma amnésia conveniente nos ataca vez por outra quando tratamos da vida alheia. 

Esse tipo de ataque parece nos causar uma sensação de perfeição perante nossos pares. Uma sensação de que somos melhores que os outro nos fazendo perder a noção de quem realmente somos. 

Criticamos como se isso fosse um dardo usado para ferir e magoar até mesmo os que afirmamos amar. Pintamos de vermelho fosforescente as imperfeições dos amigos e inimigos simplesmente para que sintamos algum tipo de conforto em nossa alma maculada pelo veneno do nosso próprio ser.

Basta existir para que uma etiqueta tenha sido colocada em nosso verdadeiro ser: imperfeito! É o que somos em nossa essência. Esqueceram de contar isso a você?

Somos tão falsos como um monte de notas de sessenta reais. Somos tão imperfeitos quanto o próprio caos que habita em nós. Somos tão inúteis quanto um palito de dente após seu uso. 

Tratamos os outros como só eles fossem o que todos nós somos. Os rotulamos com a mesma cópia das etiquetas que foram colocadas em nós na hora do nosso nascimento. Não enxergamos o que devíamos enxergar em nós para que pudéssemos ver o que os outros são. 

Somos todos iguais e isso por si só deveria nos constranger a não denegrir quem quer que seja. Isso deveria nos colocar em nosso devido lugar. Isso devia nos bastar, ao invés de nos tornar os únicos impecáveis do pedaço.

Apesar de ser um exercício exaustivo para os músculos do nosso caráter, elogiar ao invés de denegrir a imagem de nossos semelhantes  produz paz em nosso interior, apesar do aparente desconforto. 

Destacar as qualidades do nosso semelhante ao invés de suprimi-las, pode ajeitar a nossa própria imagem perante os nossos espectadores. Falar bem de alguém ao invés de difamar, pode somar pontos positivos em nossa própria história de vida.

É possível mudar nossas atitudes diante do nosso próximo, ainda que haja um preço a ser pago, pois nem sempre seremos recompensados por fazer a fama dos nossos semelhantes digna e boa. Haverá ocasião em que você será tentado a destruir a imagem alheia, mas você precisa resistir a este impulso carregado de antipatia e maldição.

Fale bem. Evite falar o que possa trazer desprezo a outros. Prefira elogiar a fazer comparações estúpidas e sem sentido que só diminuirá a autoestima do outro. Mesmo que seja custoso, dê a chance do outro voltar para casa feliz. Isso fará bem a você e a alguém. 

"E por que reparas tu no cisco que está no olho do teu irmão, e não vês a trave que está no teu olho?"  (Mateus 7 : 3)

sábado, 25 de abril de 2015

QUANTO CUSTA PEDIR PERDÃO QUANDO SE ESTÁ COM A RAZÃO?



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Pedir perdão gera o mesmo sentimento que há no coração de um soldado que perdeu uma batalha, mas liberta duas almas ao mesmo tempo.

Jailson Freire

Isso é a melhor demonstração de quem decidiu amar, ainda que para isso tenha que sofrer este prejuízo incalculável.

É de fato um prejuízo que poucos se sentem aptos a sofrer, pois ninguém que venha a pedir perdão sai ileso por tal atitude altruísta e inexplicável.

A alma de quem pede perdão, é imediatamente invadida por um sentimento de perda; perda de sua autoestima, de seu orgulho próprio e de sua pseudo razão.

Pedir perdão é o mesmo que reconhecer um erro, muitas vezes inexistente, contra alguém. É o mesmo que negar a si mesmo. É abrir mão de si e de suas razões. É olhar para si mesmo e não enxergar nada além de ninguém.

Pedir perdão é um tipo de demolição da alma. É colocar sua própria alma num moedor de alma. É inserir a alma numa fornalha estupidamente aquecida , é se sentir à beira de um colapso de suas  estruturas existenciais. 

Pedir perdão é o mesmo que bater de frente com um paredão; é ser virado pelo avesso e sentir a vergonha de uma derrota de uma batalha estúpida.

Pedir perdão é também, livrar-se de um peso desnecessário sobre os ombros. É estar pendurado numa corda puída no precipício da existência. É não poder se justificar mesmo que a razão esteja lado a lado com você.

Não há como negar que o sacrifício de quem pede perdão é tão pesado quando o de quem perdoa, mas igualmente terapêutico para ambos.

É necessário tomar uma decisão quando nos deparamos com o momento da escolha: Perdoar ou pedir perdão? O remédio é diferente, mas a cura é a mesma. Nos dois casos você estará livre e sarado. Não terá mais razão aquele que não perdoar o que pediu perdão.

Com o tempo, todos os sentimentos que causaram dor em sua alma se dissipará e terá valido à pena ter exposto a sua "fragilidade" ao ter decidido pedir perdão. 


"Então Pedro, aproximando-se dele, disse: Senhor, até quantas vezes pecará meu irmão contra mim, e eu lhe perdoarei? Até sete?"  Mateus 18:21