sábado, 23 de maio de 2009

QUANDO SAIR DO CATIVEIRO...


Jailson Freire

É um lugar frio... Muito... Muito frio. Além de não cheirar bem... Um lugar do qual ninguém deseja estar por sua própria vontade.

O que não dá pra entender é que o engodo usado na atração para este lugar foi muito agradável, não foi?


Também... Com uma casca bonita que escondia o que dentro não se via... Uma casca viçosa e cheirosa... Brilhante e irresistível aos olhos.

Covardia usar coisas assim para conduzir alguém a um lugar como esse. Covardia fazer acreditar que era a coisa certa a ser feita. Sim... Parecia mesmo ser o melhor, mas agora, beber o cálice amargo da desesperança não era algo que estava nos planos. Parece tarde demais para uma contrição, a esperança parece estar no porão.

Daqui de dentro não se pode olhar para o horizonte. Não há como focar a luz, pois a grade do cativeiro faz sombra; parece noite.


No início, até acredita-se que pode se acostumar, mas o desespero parece nos lembra que não há o que esperar nesse lugar.

Como esperar vida num lugar em que a morte faz residência? Como esperar alegria onde só emana angústia e covardia...

Você quer sair daí, mas acredita ter sido abandonado. Você quer a liberdade, mas parece tolice acreditar que um dia possa tomar sol nas ruas da cidade... Você quer sorrir, mas com poderia se a alegria virou sua inimiga? Você quer acesa outra vez em seu coração o pavio que fumegava, mas como tornar real se a tristeza parece uma maldita debochada?

Aí você canta essa canção:

Quando sair do cativeiro, sei que vai estar por inteiro na casa do oleiro. Sei que um banho diferente vai tomar; em águas puras vai se banhar. Quando sair do cativeiro, vai poder trabalhar para que os outros possa avisar a respeito deste engodo que pode levar alguém como nós chorar...

Qual é o seu cativeiro?

"Traze-nos outra vez, ó SENHOR, do cativeiro, como as correntes das águas no sul." (Salmos 126 : 4)

"E dirás no teu coração: Quem me gerou estes? Pois eu estava desfilhada e solitária; entrara em cativeiro, e me retirara; quem, pois, me criou estes? Eis que eu fui deixada sozinha; e estes onde estavam?" (Isaías 49 : 21)


4 comentários:

  1. Ainda há esperança na misericórdia daquele que se fez maldito por nós, é só tomar uma decisão definitiva para seguir rumo ao alvo, com fidelidade e obediencia, sugestão para leitura em romanos 6:18" E libertados do pecado, fostes feitos servos da justiça", obrigado DEUS.
    Gilbert Raposo, um aprendiz em Cristo Jesus.

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  2. O cativeiro pode representar muitas coisas nas quais estamos presos. Pode ser um pecado, uma decisão a ser tomada. Uma história passada, na qual tem determinado a sua maneira de viver. Uma angústia por algo que aconteceu do qual não se consegue esquecer e que tem paralisado a vida de tantos... Vale uma observação para o diagnóstico do cativeiro que precisa ser quebrado.
    O que sei é que uma vez que o cativeiro já fora quebrado pelo dono e autor da existência, então não há porque ficar paralisado pelo medo da nova vida proposta pelo Pai da vida.

    Deus existe!

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  3. Precisamos ter muito cuidado, porque primeiro ele arma um laço, uma arapuca bem sútil e se não vigiamos caimos na armadilha e ficamos presos no "cativeiro" e pra sair de lá só a Graça e a Misericórdia de Deus, depois, precisamos de cura para os traumas e as lembranças dolorosas que ficam. Que possamos estar atentos em todo o tempo, vigiando e orando ao Senhor! Bjos.

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