terça-feira, 29 de dezembro de 2009

ATÉ QUANDO?


Jailson Freire

No tempo da angústia somos levados a perder a imaginação e deixar de cantar a canção que outrora era bela e que alegrava o coração.
No tempo do medo, a nossa vida parece um trem desgovernado descendo ladeira a baixo na iminente espera do desastre.

No tempo do desespero, o que vemos ao olhar no espelho? Não seria um monturo de emoções estraçalhadas e uma imagem turva do quase nada e sem valor de nós mesmos?

No tempo da tristeza não enxergamos ninguém que possa nos estender as mãos em socorro urgente que pudesse nos livrar da angústia que faz do nosso coração o que faria um solvente.

No tempo do choro, quem poderia trazer uma esperança para um coração em desgraça?

O que esperar no tempo da desgraça? De quem esperar o socorro no tempo do medo? De quem esperar ser livre da corda que não para de apertar o pescoço?

É nesse tempo que fazemos a pergunta crucial: Até quando?

Isso já aconteceu antes:

Uma solução que nunca vinha. Uma alma cansada; em agonia, Um Deus que parecia tê-lo esquecido. Um alívio esperado como um dia de sol depois de uma noite de tormenta e tempestade.

Um Rei. Uma angústia. Um esperar impaciente. Um grito que da alma brotava como um último suspiro na agonia de um clamor derradeiro... Que desespero!

Uma certeza de que apesar da demora, o socorro viria. Uma atitude de fé que jamais renega o Deus que sabe tudo em sua vida. Um Deus que se importa com a dor de quem o ama. Uma declaração antecipada de um alívio certo que é esperado de quem espera numa cama.

Um olhar para um monte e uma pergunta intrigante: “De onde poderia vir o socorro que parece tão distante?”.

Socorro assim, só poderia vir do criador dos céus e da terra; que privilégio!

"ATÉ quando te esquecerás de mim, SENHOR? Para sempre? Até quando esconderás de mim o teu rosto?" (Salmos 13 : 1)
"LEVANTAREI os meus olhos para os montes, de onde vem o meu socorro." (Salmos 121 : 1)

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