"Mas nem mesmo o tempo ruim é surdo. O tempo ruim ouve e ouve
muito bem. Ele não suporta escutar, mas quando escuta não tem escolha; tem que
cessar!"
Jailson Freire
Não. Não foi um tempo que devêssemos chamar de bom. Não era
mesmo. Foi um período da sua história em que o caos tomou o lugar da paz e da
bonança. Foi um tempo em que o desespero se comportou como um cínico ladrão de
alegria.
Foi um tempo em que a contabilidade era sempre negativa e
que só havia perdas a serem contadas. Nada de bom parecia existir, e nem mesmo
a esperança que antes era tão amistosa já não era de confiança.
Foi um tempo em que a dor fazia questão ser companheira em sua jornada. Um tempo em que uma despedida teve que ser feita contra a sua
vontade e o que você tinha de mais valioso foi arrancado de você como uma jóia
que você julgava mesmo te pertencer. Você deve lembrar... Aquilo doeu um
bocado...
Você lembra bem: um choro compulsivo como um soluço teimoso
que te incomodou naquela noite sem luar e que nunca amanhecia. Você, no seu
desespero e angústia chegou até mesmo aos céus perguntar: quando isso vai
acabar!
Raros eram os dias de pouco sol na sua existência naquele
tempo tenebroso. Era o tão falado vale, o lugar em que você passou a morar. E
de lá, ninguém podia ouvir o seu desesperado grito de socorro. Foi intensa a
dor que sentiu em se ver sangrando e em agonia sem que alguém pudesse ouvir o
seu pedido de socorro.
Um tempo teimoso e que não fazia questão de ir embora. Um
tempo que ficou para a história.
Mas nem mesmo o tempo ruim é surdo. O tempo ruim ouve e ouve
muito bem. Ele não suporta escutar, mas quando escuta não tem escolha; tem que obedecer!
Ele, o tempo ruim conhece melhor que todos nós a história.
Ele sabe que não pode continuar a nos atormentar por quanto tempo quiser. Ele, o tempo
ruim, conhece o seu lugar e sabe que quando precisa agir, tem que se submeter às ordens do Senhor de todo tempo; do Senhor da existência.
Ele, o tempo ruim, entende que assim como um furacão, não
pode fixar residência em sua residência. Sabe que pode até mesmo passar sob a
licença do Eterno, mas tem que passar.
Ele, o tempo ruim, sabe e conhece cada promessa escrita no
Livro, e entende que seu aparente poder de devastação é e sempre será limitado.
O tempo ruim é sobretudo obediente ao comando do Criador. Isso já
aconteceu antes:
Uma tempestade que chega do nada e surpreende aos amigos do
Mestre. Um sacolejar ameaçador que só pode não ter visto direito a presença do
próprio Criador repousando no canto da precária embarcação.- Para ser mais legal ainda o milagre tem que ser com emoção.
– O Criador foi acordado pelos demais, que ao tomar conhecimento do abusado
vento, sorrir como compreendendo o propósito daquele sopro ameaçador e ordena a
retirada imediata da tempestade que queria botar o terror.
Pronto! Cadê o tempo ameaçador que estava aqui?
Não precisa temer se a previsão do tempo não estiver boa. Se
Jesus estiver no barco, mesmo que esteja dormindo, é garantida a nossa
travessia no mar da vida.
“Levantou-se um forte vendaval, e as ondas se
lançavam sobre o barco, de forma que este foi se enchendo de água.
Jesus estava na popa, dormindo com a cabeça sobre um travesseiro. Os discípulos o acordaram e clamaram: "Mestre, não te importas que morramos? "
Ele se levantou, repreendeu o vento e disse ao mar: "Aquiete-se! Acalme-se! " O vento se aquietou, e fez-se completa bonança.”
Jesus estava na popa, dormindo com a cabeça sobre um travesseiro. Os discípulos o acordaram e clamaram: "Mestre, não te importas que morramos? "
Ele se levantou, repreendeu o vento e disse ao mar: "Aquiete-se! Acalme-se! " O vento se aquietou, e fez-se completa bonança.”
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