quarta-feira, 5 de setembro de 2007

E QUANDO O MILAGRE NÃO ACONTECE?

por Jailson Freire.


É de fazer chorar quando esperamos algo com ansiedade e este algo não acontece... E o pior é quando este algo é urgente. Uma cura, uma solução financeira, um relacionamento que está em crise, um desemprego... É lamentável quando esperamos que a vaga seja nossa, mas o que vemos é outro ocupando a vaga em nosso lugar. É triste quando olhando para nosso corpo, vemos que a saúde já não é algo real em nossa vida. É angustiante, quando a perspectiva de ver o que temos, ser tomado para que a dívida seja quitada. É lamuriante, olhar o extrato bancário e concluir que se o milagre tivesse acontecido urgentemente os juros seria menor e a bancarrota não seria iminente.

E quando a fé parece ser algo tão forte em nossas vidas? E quando esta mesma fé aparentemente não surte o efeito que esperamos? E como explicar tamanha fé sem que os resultados da mesma não aconteçam? Desistir? Desanimar? E quando somos questionados em nossa fé? E quando somos acusados de estar passando por tudo isto por causa de pecados, que no fundo já sabemos que foram perdoados? E as dúvidas? E o perdão? Cadê o sangue? Cadê a cruz? Cadê os amigos? Cadê, cadê, cadê ela? Ela! A esperança? Onde foi parar esta bendita esperança que nesta altura do campeonato, já não sabemos se é tal bendita assim? Cadê todo mundo? Estamos sozinhos? E a promessa? E o trato? E o amor? Pra onde foi tudo isto? Só porque não aconteceu o esperado todos fugiram... Sumiram... Nos abandonaram? Que novo sentimento é este que nos acomete nestes instantes? Amargura? Desespero? Angústia? Solidão?

Por tudo isto e para tudo isto, existe resposta. Depois de cogitar sobre estas coisas, me deparei com um texto fantástico... Não sei se você se lembra, mas dois personagens passaram por estas aflições e eu poderia enumerar outros tantos. Todavia, vou me ater a estes dois homens.

O primeiro Jô. Pare para pensar um pouquinho comigo: O camarada temente a Deus e íntegro... Cumpridor de seus deveres como homem e como servo do altíssimo... Era o tipo de cara que temia a Deus de tal forma que na dúvida, oferecia holocausto ao Senhor pelos seus filhos, caso os mesmo tivessem pecado naquele dia, ele já teria feito o sacrifício. Ou seja, que motivo um homem desses teria para passar por tudo que ele passou? Nenhum. Mas a história foi outra e o que vemos é um homem passando por uma situação inimaginável para muitos de nós. Ou você acha pouco, perder bens, fazendas, gados, riquezas, filhos, esposas e como aperitivo, perder a saúde também? Que tal você ter que se coçar com um caco de telha? Que tal ter uns “amigos” pronto para colocar o dedão em sua cara e dizer que o que você passa é culpa do teu pecado?... E ainda ter paciência para não blasfemar contra Deus. E aí? Ainda se acha crente?

Espere! Ainda tem mais:
O que faria se a sua vida chegasse a ponto tal que você tivesse que fazer a escolha que Jó fez, entre amaldiçoar Deus e morrer, ou executar em sua vida o que diz no salmo quarenta, versículo um?

E que tal esta declaração de fé? - “Porque ainda que a figueira não floresça, nem haja fruto na vide; ainda que decepcione o produto da oliveira, e os campos não produzam mantimento; ainda que as ovelhas da malhada sejam arrebatadas, e nos currais não haja gado; (Habacuque 3 : 17)”

É fácil ser ter fé quando tudo vai bem... É fácil o louvor sair de lábios que tem as três refeições diárias. É fácil confiar quando a conta corrente está no azul, É fácil ser crer na cura quando temos saúde e em nossa casa nada nos falta. É fácil ser feliz com um carro zero quilômetro na garagem. Todavia, Deus tem nos chamado à crer em sua fidelidade não apenas quando tudo vai bem, mas quando vivenciamos o “ainda que...”.

Nenhum comentário:

Postar um comentário