terça-feira, 18 de setembro de 2007

UM SONHO PERTUBADOR

por J. Freire
texto postado em 16.12.2006

Não consegui dormir a noite toda por causa deste de Nazaré, mas como poderia eu falar para o Pôncio a respeito deste terrível pesadelo?

Era mesmo um presságio... Agora eu entendo... Não foi um sonho comum, mas um terrível pesadelo.

O Nazareno é justo e não merece a condenação, mas... Meu Deus! Como podem fazer uma coisa dessas? Como podem acusá-lo de sedição? Essa gente enlouqueceu! Desde quando alguém tão bondoso pode ser acusado de sublevação contra a autoridade romana?

E meu marido está caindo feito um patinho nas loucuras dessa gente... Agora não há muito o que fazer... Estou terrivelmente assustada e meu coração parece querer sair pela boca. É um momento muito crítico... Muito difícil...

Quem sabe se eu gritasse? Quem sabe se eu falasse a respeito do sonho com meu marido? Será que ele vai me ouvir? Ah meu Deus!

Se eu fizer isso, a louca serei eu... Não... Não posso... Não consigo... Não conseguiria...

Se eu tivesse avisado ao Pôncio a respeito do sonho mais cedo... Quem sabe? Talvez evitasse tamanha loucura?

Vou pedir ao Centurião pra falar com Pôncio...

“Procurador Pôncio!... Procurador Pôncio!... Sua mulher pediu para dizer-lhe que não entres na questão desse justo, porque num sonho muito ela sofreu por causa dele.”

É... Ele não me ouviu...

Mat. 27:19

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