quarta-feira, 19 de setembro de 2007

A VITRINE DA ALMA


Jailson Freire
texto postado em 22.01.2007

Uma inconveniente que jamais deixará de ser uma inconveniente. Vem quando não é para vir e deixa de vir quando deveria representar o que foi destinada a representar.

Sua forma; límpida, mas nem sempre o que provocou a sua vinda é límpido, pelo contrário, quase sempre é tão turvo quanto águas de rios urbanos.

Às vezes fala mais do que mil palavras e faz calar outras milhares. Não se incomoda em borrar a “maquiagem” e nem de estragar a “máscara” que esconde uma realidade.

Não se importa se alguém terá a sua alma exposta ou se esconderá por simulação uma realidade qualquer.

Carrega em si todos os tipos de sentimentos e mensagens ocultas, mas pode também ser um indício de que uma alma acaba de passar por uma faxina.

Indica em si mesma um momento de paixão humana ou um amor divino e pode convencer uma outra fonte a jorrar por indução.

Às vezes, a sua falta é forte indício de que a alma em questão se transformou em terreno árido e incapaz de produzir frutos.

Sua falta, também pode representar almas congeladas e que por isso necessita de uma fonte forte de calor.

O que nunca vai deixar de ser fato é que congelada ou ausente, ela sempre estará por perto, esperando o momento de regar os pés do nosso Senhor. Esperando o momento de ser lágrima.

(Lucas 7 : 38)

Um comentário:

  1. Que o Senhor nos livre de nossa alma ficar tão árida, que dela já não brotar sequer uma lágrima!
    Seja de alegria, de dor ou súplica, que brotem!
    Que jamais percamos a capacidade de nos enternecer com o sorriso de uma criança, o desabrochar de uma flor, um amanhecer bonito.

    Fique na paz do Senhor, abençoada criatura!

    Abçs, Tita

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