quarta-feira, 19 de setembro de 2007

UM MENSAGEIRO INCOMUM


Jailson Freire

texto postado em 16.01.2007

Uma cena comum? Talvez para os que passavam por ali, mas com certeza, para mim, foi muito mais que um fato corriqueiro e normal para uma cidade deste país.

Eu não conseguia dá atenção a outra coisa que se passava à minha volta depois que meus olhos focaram a cena.

Na verdade, eu estava ali esperando um ônibus. Um dia incomum... Um domingo a tarde... Um dia excepcionamente fresco para um dia de verão. Um dia nublado... Um dia como outro qualquer... Um dia de vida a mais na existência de todos quantos vivos estamos.

Uma lição a ser aprendida. Um segredo sendo contato por Deus aos meus ouvidos e bem baixinho... Tão baixinho que quase não escuto. Mas escutei e não conseguira guardar este segredo... Preciso te contar...

Quem nunca viu um cão deitado em uma calçada qualquer dormindo em meio a um barulho ensurdecedor do trânsito? Quem já deu um pouco de atenção a este tipo de cena?

Era um cão de raça... (Da raça vira-latas) Que estava deitado na calçada do ponto de ônibus onde eu esperava o que me levaria de volta pra casa.

Não havia percebido a presença daquele cão ali no momento em que eu cheguei ao ponto, mas eu não parava de prestar a atenção a dois rapazes que conversavam a respeito do que acontecera no trabalho de um deles. – Quanta confusão meu Deus! - Até que o ônibus que os rapazes iam pegar chegou e eles partiram.

Só aí percebi que desde antes de eu chegar, o mensageiro (o cão) já estava ali a algum tempo... Muito antes de eu chegar.

O Cão dormia como quem dorme nos braços do pai. Ele não estava nem aí pra o que estava à sua volta. Apenas dormia.

Quanto a mim, não conseguia mais prestar a atenção em mais nada. Fiquei por vários minutos olhando o focinho daquele animal em sono profundo... Dormia sem se importar com o barulho dos carros e nem mesmo se algum outro animal semelhante a ele e mais forte pudesse chegar de surpresa e ataca-lo. Ele estava de fato descansando.

Não parecia preocupado com contas pra pagar e nem com os investimentos na bolsa de valores. Não estava nem aí com o IPTU, IPVA, ICMS, IR e tudo o mais... Apenas descansava e dormia tranqüilamente...

Depois de eu ter “viajado na maionese” olhando o descanso daquele cão, me lembrei das palavras do nosso Senhor quando disse: “E até os cabelos da vossa cabeça estão todos contados. Não temais pois; mais valeis vós do que muitos cachorrinhos.” (Lucas 12 : 7)

Claro que o Senhor falou passarinhos, mas hoje entendi cachorrinhos...


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COMENTÁRIO DO LEITOR

At Terça-feira, 16 Janeiro, 2007, eraidespacheco said…
Jailson...oi...:)Deixo aqui o meu agradecimento a Deus pela sua vida, a qual tem sido um instrumento nas mãos do SenhorSeja abençoado em o nome de Jesus


At Quarta-feira, 17 Janeiro, 2007, renatovargens said…
Excelente crônica! Parabéns.


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